quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Foice de ódio


Alma doente chora esta noite
Frio congela as gotas em minha face
Duradoura dor, aqui permanece.
Palavras perfuram meu coração,
Pensamentos, não estão seguros
A chuva chicoteia a janela,
De pavor tremem as árvores
Gotas de chuvas, de lágrimas,
Mostram-me minha realidade
Consciência demonstra o sofrimento.
As telhas gemem de frio,
O calor aqui dentro foi embora,
Saudade transtorna o coração
Batimento diminui respiração falha,
Veneno percorre as veias fazendo efeito
Morte bate a porta e exige passagem.
O relógio para, o momento congela,
A angústia arranha a carne,
Seu ódio prega-me no tempo,
Nos instantes mais dolorosos da vida.
As lembranças vêm com todas as forças,
Dando-me motivo de sobreviver,
Seu rosto aparece em meus olhos.
Tudo que segurava me em vida aniquilou-se...
Foice do destino tira tudo,
Tudo que restou de mim.
Parto agora, deixando apenas uma vida que destruí.                           

sábado, 20 de dezembro de 2014

Lutas da vida



Chorais ó pai

Pelo filho que perdeste

Cantais ó gloria

de algo que se vendeu

Com tudo que lutaste

Não merece nada mais.

Das espadas que fincam na carne

Ão de dizer que está certo

Da luta que travaste

Nada mais se tira

Muitos morreram por algo

Que não compreenderam

Mas ai da mãe

Derramar lágrimas

Pelo filho amado

Mas ai da terra

Que nada faz

Além de acolher

Teus frutos nela.


Amanhecer

As cores quentes invadem o céu

O calor aquece o ambiente

Os cantos dos pássaros despertam-me

As estrelas e a lua se escondem


Os faixo de luz iluminam o caminhoOs olhos se abrem lentamenteO cheiro matutino vagueia pela casaO chão encontra-se frio e sereno
Um bocejo escapa tranquilamenteOs braços espreguiçam o cansaçoOs barulhos da cidade passam pela fresta na janelaEm uma manha como as outrasNão há tempo vago na vidaAcorda-se para mais um dia

No nada me tornei TUDO


Esqueci da liberdade, para não lembrar da dor

Esqueci da voz, para não ser reprimida

Esqueci dos olhos, para não ver o sofrimento

Esqueci de pensar, para não ser julgada

De tanto esquecer de tudo

Contemplei o nada, não, não

Era só o nada, pois esqueci de contemplar

O nada ocupa o vazio, e lá

Me escondi e fiz-me esquecer

De como cheguei ali, para nunca mais sair

No nada, não há cores, odores, muito menos flores

Sem pavores, dores ou horrores

Lá percebi que sem ter tudo, fui compreendida

Pois no meio de tudo era apenas complemento

E no nada, sou apenas tudo o que habita

Sem pudores, resolvi voltar

Para poder lembrar a todos

De que somos tudo e nada

Porém só no nada somos nós

E no tudo somos partes

Então fazemos de nós, tudo

Que não há no nada

Para que podermos no Tudo

Não sermos apenas nada.    

Expectativa



O relógio tortura-me lentamente
Os segundos martirizam meu coração
Meus pés, inquietos, agitam-se no taco
Olho-me no espelho, repetidamente

Mordo os lábios, angustiada
Ando pela casa procurando o esquecido
Passo a passo penitencio meus pensamentos
Arrumo os fios desalinhados do cabelo

Espero o som da campainha
Nervosa, entro em desespero
Rôo minhas unhas aflitas

No sofá, reflito o porquê de tudo isso
Inesperadamente batem á porta
Abro-a com ânsia, meus olhos lucilam


-Achei que você não viria 

sábado, 18 de outubro de 2014

Muito Tempo faz queo mesmo não me encontra.A minha única companhiaÉ a falta da mesmaO sol nasceu ao longo da costamas este não me aquece maisA esperança enche o coração de todosMas o que bate em meu peito não a tem.A saudade é a única que aumentao meu desespero e ilusão...Estes que abrigam em minha peleMuitas vezes, enganam-me , esses olhosque vem o que não háMiragens de uma vidaque não existiuAgora sou pega em perdiçõesdesejando o que não me cabePerdida nos ponteiros de um relojoque só conta o tempo demais ... uma .. Alma.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Dolorosa Realidade

Sorriso deformado no rosto pálido

Falsa alegria no olhar

Dor aguda no peito

Saudade cortante

Paisagem amedrontante, vazia.

Banco frio e sereno

Batimentos sofridos

Lágrimas sinceras

Lembranças, minha única companhia.

Flores o resguardam

Palavras marcadas no cimento

Meu único amor foi embora


Coita de amor ao voltar para casa

Sentada aqui permaneço

Se acreditar que isso aconteceu.