terça-feira, 14 de agosto de 2012

Julieta sem Romeu


"Pergunto-me como olhar para os meus

 e ver nos túmulos da sociedade

 Toda a escória desta vida 

 Os retratos de uma família 

 Que há anos se dissipa e multiplica

 As rosas jogadas no tempo 

 As dores atravessadas no peito

 Pela flecha buscasse algo

 Não apenas o alvo

 Há séculos a espada fere a carne

 O sangue banha a nossa terra

 Tudo o que nos resta a final

 É um espaço mortal 

 no qual ficaremos a eternidade

 Vendo os meus lutarem com os seus

 Por algo que já se perdeu

 Rezo para que vejam nos céus 

 Que a dor da raça não cura a desgraça

 Tudo tem seu final 

 Não se prenda no banal

 Pois algum dia irá ver 

 O que mais temo 

Toda a nossa história

 Resumida em glória."

por Nicole Fanti Siniscalchi

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