Alma doente chora esta noite
Frio congela as gotas em minha face
Duradoura dor, aqui permanece.
Palavras perfuram meu coração,
Pensamentos, não estão seguros
A chuva chicoteia a janela,
De pavor tremem as árvores
Gotas de chuvas, de lágrimas,
Mostram-me minha realidade
Consciência demonstra o sofrimento.
As telhas gemem de frio,
O calor aqui dentro foi embora,
Saudade transtorna o coração
Batimento diminui respiração falha,
Veneno percorre as veias fazendo efeito
Morte bate a porta e exige passagem.
O relógio para, o momento congela,
A angústia arranha a carne,
Seu ódio prega-me no tempo,
Nos instantes mais dolorosos da vida.
As lembranças vêm com todas as forças,
Dando-me motivo de sobreviver,
Seu rosto aparece em meus olhos.
Tudo que segurava me em vida aniquilou-se...
Foice do destino tira tudo,
Tudo que restou de mim.
Parto agora, deixando apenas uma vida que destruí.