terça-feira, 24 de setembro de 2013

Siracusa

Sentimentos entorpecidos

Nos olhos, o tempo passa

Na mente, os sonhos

No céu, os desejos de todos

Salpicados como estrelas


A sombra acolhe o cansaço

O vento canta pelo milharal

O sol aquece a pele


Suave dia passa, lentamente , louvor

Parece um instante em nirvana

Um paraíso escondido

Nas entranhas da cidade


Pássaros piam nos galhos dos pinheiros

-Hora de retornar ao lar-

Que amanhã, um outro dia

Iniciara-se com a mesma calma

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Sem nada estou...

As lágrimas caem ao luar agora 



A neblina aparece esta noite


A dor voa para céu à fora

A escuridão permanece hoje

Um buraco no peito a sangrar

Esperança e alma fogem de mim

Voam para um lugar distante

Perto do amor que não está mais aqui

As estrelas se escondem no final

O sol não irá clarear o céu amanhã

A lua não iluminara o caminho

Um olhar ao longe reconhecerá

Aquele que levou tudo de mim,

Tudo, coração, alma, esperança 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Palavras de Sangue

Algema arranha a pele dos pulsos
Saudade da antiga Ousadia
De correr livremente dentre as ideias
As ondas e retas, e seus valores
As mãos presas no papel
Glorificando apenas o belo Corcel
Ao longe vejo os vales e rios
E eu trancafiado nesse mesmo espaço
Com a fé, mudo a virgula e 
Tento representar sua sina
Porém meu desejo falho
Vai pelo ralo junto com sangue
Tirado pela força da verdade
Além da impunidade do Rei
O povo vai e vem
Procurando além
Para mudar toda a Lei
Em busca da ordem
Trazem a morte
E num futuro presente
Guardo na mente
   A doce liberdade
Que um dia escreverei

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Cegueira Sentimental

Você já viu a morte de perto?
Já sentiu a mais plena dor?
Já chorou sem saber o motivo?
Já quis que tudo chegasse ao fim?

Não!  Você apenas ficou
Parado no momento
estático no espaço
sem ação ou movimento

Quiz dar tempo ao tempo
Mas não quiz esperar um instante
Sofreu em silêncio
Ouvindo o meu sofrimento

Correu, fugindo da própria sombra
Deu voltas no mundo
mas mesmo assim não viu

A miséria por qual passo
A tristeza que me consome
A amargura que me corrompe
e humanidade que te falta...

E agora já não mudara nada
apenas podera ver 
o que a sua ignorância ofuscou
a dor de toda uma população...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Em Poucos , o Tudo!


A tempestade apaga minhas pegadas
Perdida encontro-me
Longe de casa

Saudade do Conforto
Do calor do lar
Na rua, o frio
Sentada no tempo

Vida se perde na megalópole
Destrói-se a humanidade
Homens pensadores ou
Simples robôs sem sentimentos?

Pessoas transformadas em animais
Milhões de mortes estampados
Nos olhos inocentes
Que só agora aprendem sobre a Sociedade

Em busca da salvação
No meio da multidão
Palavras sábias, devastadas pela civilização
Por um mero momento, perdido no cimento
Jóia rara se constrói
A esperança de uma nova vida



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Vida Fictícia


Homens dizem que o corpo é importante
Anjos dizem que a alma é eterna
Então digo que nada quero

Digo que não mereço o céu e nem o inferno
Digo que viver, não pode ser bom
E que morrer às vezes não é a melhor solução

Digo que a alma se corrompe
Digo que o corpo apodrece
Mas digo também que nada possuo

Não contemplai as idéias que digo
Pois estou sendo movida pelo sofrimento
As palavras de lamento ficam soltas no vento

A humanidade tem um futuro
O paraíso é intocável e eterno
Mas permaneço estática no tempo

Se tudo que digo fosse verdade
Então nada que vivo, seria realidade

Sofrer pelo inexistente
E compreender a fantasia
Nada mais faz sentido

Não sei mais o que é vida.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Dúvidas

Por que não disse que o amava
Quando ele ainda estava aqui?

Por que não parei o tempo
Para vivenciar nossos momentos?

Por que fiquei com medo
Quando deveria ter coragem?

Por que não consigo esquecê-lo
Se ele só me destruiu?

Por que quando navego em meus pensamentos
Ele é a única coisa que está neles?

Por que ainda o amo se ele me odiava?
Grito ao céus para dar fim

A tal sofrimento
Corto os sentimentos na esperança
De amenizar a dor
Choro, com fé de que tudo
Escoe com as lágrimas

Pergunto-me por que viver não é fácil?
A morte, no entanto, é algo simples?

Só, Frio e Escuridão
Não há magoa na morte

Afiada faca atravessa as camadas de pele
Chegando ao Coração

Matando assim aquilo
Que me fez sofrer durante a vida
Final singelo para tanta dor.